Hinário 5 CCB ―Grande Tu és, ó Pai‖ - HINOLOGIA CCB - by Anderson Amorim (1).pdf (2023)

Música: William Marion Runyan

Letra Original: Thomas Obediah Chisholm

Título Original: ―Grande é tua fidelidade‖ (Great Is Thy Faithfulness) – tradução livre

O poema deste hino foi escrito em 1923 por Thomas Obediah Chisholm que nasceu em 29 de julho de 1866, na cidade de Franklin, Kentucky, EUA. Teve sua educação básica em uma pequena escola rural, e tornou-se professor desta escola aos 16 anos. Quando tinha 21 anos, tornou-se editor associado de um jornal sema-nal, o The Franklin Favorite. Em 1893, com 27 anos, Chisholm se converteu durante uma série de conferências evangelísticas promovidas pelo pastor Henry Clay Morrison.

O Dr. Morrison, como era conhecido, ao ver o talento de Chisholm o convidou a mudar para Louisville, para assumir o cargo de editor-chefe e gerente de negócios de sua revista, a Pentecostal Herald. Chisholm aceitou e também passou a dedicar-se aos estudos teológicos. Em 1903, com 37 anos, foi ordenado pastor pela Igreja Metodista, mas foi forçado a abandonar suas atividades pastorais por causa de seu es-tado de saúde bastante precário. Não podendo exercer o ministério pastoral, Chisholm mudou-se com sua família para uma fazenda pró-xima de Winoa Lake, Estado de Indiana - EUA. Neste tempo, Chisholm passou a dedicar-se à sua segunda paixão: a poesia e a composição de hinos. Foi um período muito produtivo poeticamente, em que compôs várias e belas poesias como fruto de suas devocionais com Deus, e uma

William Marion Runyan (1870-1957)

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delas traduzia muito bem o seu sentimento de gratidão ao Senhor por sua incompará-vel fidelidade sobre sua vida: Great Is Thy

Faithfulness. (―Grande é a tua Fidelida-de‖).

Em 1916, já se sentindo melhor, mudou-se com a família para Vineland, no Estado de New Jersey - EUA, onde traba-lhou como vendedor de seguros e continu-ou a compor hinos. Chisholm enviou para seu amigo, o pastor e músico William Runyan, várias de suas poesias.

William Runyan lia com cuidado as várias poesias de seu amigo Chisholm para que ele, sentindo a devida inspiração, escrevesse músi-cas para acompanhá-las. A poesia Great Is Thy Faithfulness logo cha-mou a sua atenção e ele disse: ―Esta poesia tinha tal apelo, que orei

com todo o fervor para que a minha melodia pudesse transmitir a sua mensagem duma maneira digna‖. Como afirma o hinólogo Bill Ichter,

sem dúvida, ―... a música do compositor faz exatamente o que ele tão

ardentemente desejou‖. O hino foi publicado pela primeira vez em Bal-

dwin, Kansas - EUA, em 1923, no Hinário ―Cânticos de Salvação‖, de autoria de William Runyan, e o nome dado à melodia foi Faithfulness (Fidelidade).

William Runyan nasceu em 21 de janeiro de 1870, na cidade de Marion, no Estado de New York. Tinha grande talento musical e iniciou seus estudos de música aos 5 anos. Com 12 anos já era o organista da sua igreja. Quando tinha 14 anos, seu pai, que era pastor metodista, mudou-se para o Estado de Kansas. Aos 21 anos, foi ordenado pastor e, por 32 anos serviu como pastor e evangelista nas igrejas metodistas do Estado de Kansas.

Em 1923, com 53 anos, sua atividade pastoral foi interrompida por causa de um problema de surdez. Mas William Runyan passou a

Thomas O. Chisholm (1866-1960)

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exercer as atividades de redator da revista Chistian Workers Magazi-

ne e compilador de hinários. De 1931 a 1944, serviu no Instituto Bíblico

Moody, em Chicago. Foi nesse Instituto que o hino O Deus Fiel (ou Tu

és Fiel) se tornou muito conhecido, tornando-se um dos prediletos dos

alunos e do Dr. William Henry Houghton, pastor batista, presidente daquela instituição. Quando o Dr. Houghton faleceu, em 14 de junho de 1947, este hino foi cantando espontaneamente pelos alunos e todos presentes no culto fúnebre, em um momento tocante e inesquecível. Foram estes alunos que espalharam este hino pelas igrejas da América. Na Inglaterra, ele foi cantado pela primeira vez em 1954, durante a Cruzada de Billy Graham e na voz do cantor metodista George Beverly Shea.

O hinólogo Kenneth Osbeck diz que ―enquanto muitos hinos

nascem de uma experiência dramática particular, este hino foi sim-plesmente o resultado da fidelidade pessoal de Deus manifesta manhã após manhã sobre a vida do autor‖. Osbeck ainda cita uma carta de

Chisholm escrita em 1941, em que ele afirma: ―Minha renda não tem

sido grande em todo o tempo, devido à minha saúde debilitada que me segue desde os primeiros anos até agora, mas não posso deixar de registrar aqui a fidelidade de Deus, que se mantém infalível e tem me dado muitas e maravilhosas manifestações do Seu providencial cui-dado, razão pela qual estou cheio e estonteado de agradecimento‖.

Chisholm escreveu um total de, aproximadamente, 1200 hinos e morreu em 29 de fevereiro de 1960, aos 94 anos, no Lar Metodista de Ocean Grove, New Jersey. William Runyan compôs cerca de 300 hinos, foi organista, professor e redator. Morreu em 29 de julho de 1957, aos 87 anos.

O hino Tu és Fiel foi traduzido para o português em 1964 pelas batistas Joan Sutton, Lídia Bueno e Hope Silva. As duas últimas foram professoras de Português na Escola de Português e Orientação em Campinas, Estado de São Paulo. A versão traduzida por elas foi publi-cada pela primeira vez, em 1964, no Hinário da Campanha Nacional de

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Evangelização das Igrejas Batistas do Brasil, como hino de número 38. O hino foi utilizado com modestas alterações de letra nos hinários: Cantor Cristão, na Harpa Cristã, no Hinário Novo Cântico e no Hinário CCB.

Referências:________________________________________________________

1. en.wikipedia.org/wiki/Great_Is_Thy_Faithfulness 2. Steve Benner, (1999-2003) (accessed February 16, 2012);

3. Kenneth W. Osbeck, 101 hymn stories, (Kregel Publications, 1982) pg. 83.

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Hino 101 – Hinário nº 5- CCB

“Cantemos, juntos, louvores a Deus”

Música: Robert Schumann (1810-1856)

Título Original: Nachtstücke (Pieces Night), opus 23, nº4 Data da Composição: 1839

A Melodia desse hino é o quarto episódio da peça para piano Nachtstücke (Pieces Night). Schumann escreveu o Nachtstücke sob cir-cunstâncias extremamente estressan-tes. Quando Robert foi passar o inverno em Viena em 30 de março de 1839, ele rece-beu uma carta sobre a morte iminente de seu irmão mais velho Eduard (1799-1839), que poderia significar um desastre econômico para o negócio de publicação da família. Em uma carta a sua noiva Clara Wieck, ele escre-veu: ―Será que você não me deixaria se agora eu me tornasse um ho-mem muito pobre‖? Porque ele tinha premonições de morte de seu irmão, ele queria chamar a sua nova composição Corpse Fantasia

(Fantasia Cadáver – Tradução Livre), conforme consta em seu outro

relato:

"Eu sempre vi procissões funerárias, caixões, as pessoas infe-lizes e desesperadas. [...] Muitas vezes eu estava tão perturbado que lágrimas escorriam e eu não sabia por que, então [a esposa de Edu-ard] carta de Teresa chegou e eu sabia por que".

Enquanto trabalhava em sua obra ―cadáver Fanta-

sia”, Schumann sempre ficou preso "em um lugar onde parecia como se

alguém estivesse soluçando 'Ó Deus' de um coração pesado". Robert A. Schumann

(1810-1856)

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Schumann deixou Viena para Zwickau, Alemanha em 5 de Abril de 1839, um dia antes do seu irmão iria morrer ali. (Que devido moti-vos não informados, ele não conseguiu chegar no funeral), ocasião que escreveu para Clara sua noiva:

"Três e meia da madrugada de sábado, enquanto viajava, ouvi

um coral de trombones, era o momento Eduard morreu. [...] Eu ainda me sinto atordoado por todo o esforço. [...] Sem você, há muito tempo eu já teria ido onde ele está agora".

Schumann, eventualmente, seguiu o conselho de Clara em re-lação ao título do trabalho: "O público não vai entender o que você quer dizer e vai incomodá-los eu acho que você deve se contentar com o títu-lo geral Nightpieces".

Schumann compôs essa obra em grande desespero e angústia ao lembrar-se do seu querido irmão Eduard, que veio a falecer e Schu-mann pressentiu esse acontecimento. A quarta parte, qual conhecemos muito bem, são notas que por si já são um consolo. A obra completa dividida em quatro partes retrata todo o processo do culto de funeral ao querido irmão, que posteriormente viria a desestruturar financeira-mente toda a família de Robert.

No hinário CCB, essa canção fúnebre ganhou outro significado sob o tema ―Cantemos, juntos, louvores a Deus” no hino 101 no hinário CCB nº 5.

Referências:__________________________________________1. Robert Schumann: Na música e dos músicos. University of California Press, 1946, p. 164; 2. Hirsbrunner, Theo: Schumann und Berlioz. Ein Franzose in Deutschland, Laaber-Verlag,

2005 Laaber;

3. en.wikipedia.org/wiki/Nachtst%C3%BCcke

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HINO 106 - Hinário 5 CCB

“Em nome do nosso Redentor”

Letra Original: John Clerk Newton (1725 – 1807) Música: Autor Desconhecido

Título original: ―Sublime Graça‖ ou ―Graça maravilhosa (“Amazing

Grace”) Tradução Livre

Data: 1740

Devido à importância deste hino na cultura protestante, ele requer uma pesquisa mais pro-funda dentro da hinologia cristã. O famoso

“Amazing Grace” é um conhecido hino tradici-

onal protestante com a letra escrita pe-lo inglês John Newton em 1740 e foi impresso pela primeira vez no Newton's Olney Hymns (1779). Quando “Amazing Grace” foi

publicado pela primeira vez no “Newton‟s Ol-ney Hymns” somente a letra foi publicada, sem partitura musical alguma. Acredita-se também que na época o texto era recitado e não cantado. No ano 1750, John Newton era comandante de um navio negrei-ro inglês “O Greyhound‖. Os navios fariam o primeiro percurso de sua viagem da Inglaterra, quase vazios, até que chegassem à costa africana. Lá, os chefes tribais entregariam aos europeus as "cargas" compostas de homens e mulheres capturados nas invasões e nas guerras entre as tribos. Os compradores selecionariam os espécimes mais finos, e os comprariam em troca de armas, munição, licor e tecidos. Os cativos seriam trazidos então à bordo, e preparados para o "transporte". Eram acorrentados abaixo das plataformas para impedir suicídios e coloca-dos lado a lado, para conservar o espaço, fileira após fileira, uma após outra, até que a embarcação estivesse "carregada", normalmente com até 600 "unidades" de carga humana.

John Newton (1725-1807)

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Os capitães dos navios procuravam fazer uma viagem rápida, esperan-do preservar ao máximo a sua car-ga; contudo, a taxa de mortalidade era alta, normalmente 20%. Quan-do um surto de disenteria ou qual-quer outra doença ocorria, os doen-tes eram jogados ao mar. Uma vez que chegavam ao ―Novo Mundo‖, os cativos eram negociados por açúcar e melaço, para manufaturar rum, que os navios carregariam à Inglaterra para o destino final de seu "co-mércio triangular."

A tradição protestante conta que John Newton transportou muitas cargas de escravos trazidos da África no século 18. No mar, em uma de suas viagens, o navio enfrentou uma grande tempestade e afundou, ocasião que Newton ofereceu sua vida à Cristo, achando que iria morrer. Após ter sobrevivido, ele se converteu e começou a estudar para se tornar pastor. Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o evangelho em Olney e em Londres. Com 82 anos de vida, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: que eu sou um grande pecador, e que Cristo é meu grande salvador!"

Pastor em Olney, na Inglaterra (1764 a 1780), John Newton faleceu com a idade de 82 anos, em 21 de dezembro de 1807. Ele resumiu sua vida e escreveu seu próprio epitáfio, que diz:

“John Clerk Newton, Uma vez um infiel e libertino, Um mercador de escravos na África,

Foi pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo

Preservado, restaurado, perdoado, E nomeado para pregar a fé que ele Tinha se esforçado muito para destruir...” Epitáfio de John John Clerk

Newton

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O seu mais famoso testemunho continua vivo, e se tornou o mais famoso das centenas de hinos que escreveu: “Amazing Grace”! (Em português: ―Sublime Graça‖ ou "Graça Maravilhosa").

Através de uma pesquisa na biblioteca do congresso americano realizada pelo Pr. Wintley Phipps foi descoberto que a letra foi escrita por John Newton, mas a melodia consta como compositor ―desconhe-cido‖. Alguns Musicólogos acreditam que Newton ouviu a música em seu navio, composta por algum escravo, ou de origem nativa, qual ele compôs seu poema “Amazing Grace”, nela, uma ―melodia escrava‖. Outros pesquisadores acreditam que “Amazing Grace”, no início era um poema sem música, que as pessoas declamavam e mais tarde foi adaptado a uma canção. Outra vertente defende que em 1835 o poema foi então definido como letra de uma melodia conhecida como ―new britain‖, e compositor William Walker foi quem juntou os versos de Newton, fazendo nascer a canção “Amazing Grace”. A melodia por trás das palavras de “Amazing Grace” foi citada pelo autor Steve Turner como um casamento feito no céu. “Amazing Grace” foi tocada tanto em enterros de presidentes quanto de indigentes, em marchas pelos direi-tos civis e como tema de campanhas pelos direitos humanos.

“Amazing Grace” é a música gospel com mais gravações na his-

tória, são mais de 3.200 gravações, e mais de 972 arranjos musicais conhecidos, é considerada o hino da nação Cherokee, porque foi canta-da no “trail of tears” - nome dado à limpeza étnica e transferência for-çada de nativos americanos para fora de seu lugar de origem - entre 1838-1839.

A primeira gravação dessa canção foi feita em 1926 pelo reve-rendo H. R. Tomlin. Alguns trechos última estrofe, foi adicionado por Edwin Othello Excell, em 1909, e foi tirado de outro hino. Consta no

Hinário 5 CCB no hino 106 como Edwin Othello Excell sendo o autor,

porém não é atribuída a ele essa autoria, ele fez apenas um arran-jo/adaptação nesse hino.

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Outra característica do hino “Amazing Grace” é que essa canção era tocada em escala pentatônica (também chamada de escala escrava). Alguns musicólogos acreditam que “Amazing Grace” é a canção mais famosa no estilo do espiritual negro (Black Spirtual).

Esse hino é tão famoso que deu origem ao filme: “Amazing

Grace‖ (Jornada pela Liberdade), filme de Michael Apted lançado

em 2006, sobre a campanha contra a escravidão liderada por William Wilberforce, um famoso abolicionista inglês, responsável por levar ao Parlamento Britânico a legislação antiescravagista.

Referências__________________________________________4. pt.wikipedia.org/wiki/Amazing_Grace (URL); 5. www.hymntime.com/tch/bio/n/e/w/newton_j.htm (URL); 6. www.stempublishing.com/hymns/biographies/newton.html (URL); 7. www.christianitytoday.com/history/issues/issue-81/amazingly-graced-life-of-john-newton.html (URL).

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LETRA ORIGINAL

“Amazing Grace”“Amazing Grace”, how sweet the

sound,

That sav‟d a wretch like me! I once was lost, but now I'm found;

Was blind, but now I see.

‟Twas grace that taught my heart to fear,

And grace my fears reliev‟d; How precious did that grace ap-pear,

The hour I first believ‟d! Thro‟ many dangers, toils and snares,

I have already come;

‟Tis grace has brought me safe thus far,

And grace will lead me home. The Lord has promis‟d

good to me,

His word my hope secures; He will my shield and portion be,

As long as life endures. Yes, when this flesh and heart shall fail,

And mortal life shall cease; I shall possess, within the veil, A life of joy and peace.

The earth shall soon dissolve like snow,

The sun forbear to shine; But God, who call‟d me here be-low,

Will be forever mine.

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Hino 117 – Hinário 5 CCB

“Jesus habita em meu coração”

Letra original:Alfred Henry Ackley

Música: Alfred Henry Ackley

Título Original: ―Ele vive!‖

―Por que devo adorar um judeu morto?‖ Esse desafio foi apresentado por um sincero estu-dante judeu que estava participando de reuni-ões evangelísticas conduzidas pelo autor e compositor deste hino, Alfred H. Ackley. Em seu livro Forty Gospel Hymn Stories, George W. Sanville registra a resposta do Sr. Ackley Esta pergunta de busca a resposta que o levou a escrever este hino popular:

“Ele vive! Eu te digo, Ele não está morto, mas vive aqui e agora!Jesus Cristo está mais vivo hoje do que nunca. Eu posso prová-lo pela minha própria experiência, bem como o teste-munho de milhares incontáveis‖.

O Sr. Sanville continua:

A resposta categórica e enfática de Ackley, juntamente com seu subsequente esforço triunfante de con-quistar o homem por Cristo, floresceu em cânticos e cristalizou em um sermão convincente sobre Ele vive!”Em sua releitura das histó-rias de ressurreição dos Evangelhos, a expressão “Ele ressuscitou” o atingiu com um novo significado. Da emoção dentro de sua própria alma veio a canção convincente – “Ele vive!”A evidência bíblica, seu próprio coração e o testemunho da história combinavam com a expe-riência gloriosa de uma infinidade de testemunhas que ―Ele vive‖, então ele se sentou ao piano e expressou essa conclusão em canto. Ele

Alfred Henry Ackley (1887 – 1960)

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diz: “O pensamento de sua presença sempre viva trouxe a música

pronta e facilmente”.

O hino foi publicado pela primeira vez em Triumphant Ser-

vice Songs, um hinário publicado pela Rodeheaver Company em

1933 e tem sido um dos favoritos das igrejas evangélicas desde aquela época até os dias de hoje.

Referências:__________________________________________________________

1. Amazing Grace: 366 Inspirando Histórias de Hino para Devoções Diárias © 2002 por Ken-neth W. Osbeck.Publicado por Kregel Publications, Grand Rapids, MI.

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Hino 118 – Hinário 5 CCB

“Fiel Salvador é Jesus”

Letra original: Fanny Crosby (1820 – 1915)

Música: William James Kirkpatrick (1838 – 1921) Título Original: ―Ele esconde a minha alma‖

Como sabemos, Fanny Crosby é a maior autora das letras dos hinos evangélicos de todos os tempos, somando mais de 8 mil composições, tendo utilizado mais de 200 pseudônimos em suas publicações. Essa canção de Kirkpatrick, tem sido muito tocada desde sua primeira publi-cação em 1890. Neste caso, a melodia parece ter chegado em primeiro lugar, com o Sr. Kirkpa-trick pedindo Fanny para fornecer algumas pa-lavras para uma de suas canções. E na verdade ela o fez! ―Ele esconde minha alma” tornou-se um de seus hinos favoritos dos milhares de mú-sicas que fluíram de sua pena.

A mãe de Fanny morreu no mesmo ano em que o hino foi pu-blicado, e ela escreveu um poema para marcar o dia (2 de setem-bro). Ele contém as linhas:

Oh, mãe, estamos chegando; O tempo não será longo,

Até nós abraçarmos outra vez a tua mão, E nos juntarmos à canção abençoada.

Segundo seu poema, embora o tempo não seja longo aos olhos de Deus, seriam mais vinte e cinco anos antes de Fanny Crosby se juntar à sua mãe.

Frances(Fanny) Jane Crosby (1820-1915)

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Ela viveu uma vida rica e muito cheia, morren-do aos noventa e cinco anos. E, ao contrário de muitos escritores de hinos que trabalhavam em relativa obscuridade, Fanny era uma figura pública, amiga de Presidentes Americanos, Generais da Guerra Civil e outras pessoas ilus-tres da época. Ela também foi a primeira mu-lher a falar perante o Senado dos Estados Uni-dos.

A primeira estrofe e o refrão dessa canção alu-dem a um misterioso incidente na vida de Moi-sés, quando ele perguntou ao Senhor: “Por favor, mostre-me Sua

glória” (Ex 33:18). Deus estava disposto a manifestar Sua presença a

Moisés de um modo físico mas cuidadosamente limitado.

―Você não pode ver a Minha face; Porque nenhum homem me verá, e

viverá.” E disse o SENHOR: “Aqui está um lugar perto de mim, e tu estarás sobre a rocha. Assim será, enquanto a minha glória passar, que eu vou colocá-lo na fenda da rocha, e cobri-lo com a minha mão enquanto eu passar. Então tirarei a minha mão, e verás as minhas costas; Mas a Minha face não será vista.” (Ex 33: 20-22).

Referências:__________________________________________________________

1. wordwisehymns.com/2012/09/07/he-hideth-my-soul;

2. Jackson, Samuel Trevena. Fanny Crosby‘s Story of Ninety-four Years, New York, Revell, 1915, p. 33, em: Ruffin, Bernard, Fanny Crosby, Philadelphia, PA, United Church Press,

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Author: Lilliana Bartoletti

Last Updated: 14/06/2023

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